sábado, 31 de janeiro de 2009

O negócio de Sócrates

Todos os dias se fala neste tão badalado assunto: o recebimento de luvas por Sócrates no licenciamento da construção do Freeport Outlet de Alcochete. O estranho é o assunto vir à baila somente em anos de eleições (foi em 2005 e agora em 2009), o que é no mínimo suspeito. Soa a campanha política contra a pessoa do nosso Primeiro-Ministro. Certo é que tomou muitas medidas controversas, mas também tomou muitas medidas impopulares que nem todos teriam a coragem de fazer. Soa a falta de argumentos por parte da oposição, que recorre a esquemas para atingir e descredibilizar que está no poder. E digo isto porque, ao ver certos debates da assembleia nada mais vejo a não ser críticas e mau dizer às políticas do governo, sem se apresentar algo em concreto para reforçar a teoria de que o que está a ser feito pelo governo está a ser mal feito. É o criticar por criticar, atingir para deitar abaixo, sujar para descredibilizar. Começou-se por dizer que havia um ministro de Guterres envolido num caso de corrupção no processo Freeport. Depois foi avançado que o tal ministro era o ministro do ambiente (juntando 1+1, o ministro do ambiente do governo Guterres era José Sócrates, que por acaso é o actual Primeiro-Ministro português). Em seguida, surgiram os nomes dos elos de ligação: Júlio Monteiro, tio de José Sócrates, mencionado por ter proporcionado um encontro entre o sobrinho e Smith. Logo de seguida, este último vem afirmar que nunca esteve reunido com Sócrates nem o conhece pessoalmente.
Acho de muito mau gosto a veemência com que se fala do envolvimento de Sócrates, quando ele não é acusado de coisa nenhuma a não ser na comunicação social. A meu ver, a comunicação social anda a prestar um péssimo serviço público e de informação, preocupando-se com as futilidades em vez do que é necessariamante importante e interessante. Com tudo isto, andam a fazer o Primeiro-Ministro perder tempo com declarações ao país (para se poder defender) em vez de se poder preocupar a 100% com os verdadeiros problemas do país.

Tenho dito!

Sem comentários: