terça-feira, 20 de outubro de 2009

Vício do jogo (TSF)

Hoje de manhã tive que passar muito tempo no carro e sintonizei para a TSF. Para quem não sabe, todos os dias na TSF há um fórum, em que são debatidos temas actuais, com um painel de convidados entendidos no assunto em questão e ao qual os ouvintes são convidados a participar. O fórum de hoje debruçou-se sobre a conclusão de um estudo da Santa Casa da Misericórdia, sobre jogo e vício.
Há cerca de dois anos comecei a jogar poker online. Jogo em várias salas, mas só com dinheiro fictício (por exemplo, numa das salas eles oferecem-nos 1000$ fictícios para jogarmos e dão mais se este acabar. Neste momento tenho mais de 22000$) e eventualmente em algum torneio freeroll (torneios em que não se paga comissão de entrada mas que, consoante a posição final, se pode ganhar um prémio monetário real ou um lugar num outro torneio de satélite para um evento de maior importância). Apesar disso, não sou viciado, uma vez que não gasto nenhum dinheiro, muito menos aquele que não tenho, nem deixo de fazer a minha vida normal por estar a pensar no jogo.
Como vício em jogo entende-se o vício em qualquer jogo (se bem que na sua verdadeira essência o poker é um desporto e não um jogo, se bem que há quem o encare como um jogo de azar, sendo este um jogo de perícia) e eu considero que alguma coisa passa a ser um vício quando passamos a depender disso. Quando arriscamos tudo com a ligeira hipótese de poder arrecadar um grande prémio, quando deixamos de socializar e quando nos sentimos diferentes por abstinência. Desta forma, não se torna num viciado aquela pessoa que sabe controlar-se e impor certos limites.

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