domingo, 7 de junho de 2009

Quando o luxo vem sem etiqueta...

Mandaram-me isto hoje para o mail:
Na hora de ponta da manhã, no metro de D.C. nos Estados Unidos, um homem chega com um violinho e põe-se na entrada a tocar para quem passa. Foram 45 minutos a tocar ininterruptamente e foi praticamente ignorado pelos transeuntes, indeferentes ao som do violino. Praticamente todos, à excepção de uma minoria que ainda para por uns breves minutos a ouvir. Somente uma mulher ficou todo o tempo que pôde, porque reconheceu o homem. Era Joshua Bell, um dos maiores violinistas do mundo, que tocava num Stradivarius de 1713 (instrumento raríssimo, avaliado em mais de 2 milhões de euros) peças musicais consagradas. Dias antes Bell tinha tocado no Symphony Hall de Boston, onde os melhores lugares custam mais de 700€.
Tudo isto foi uma iniciativa do jornal The Washington Post, que pretendia lançar um debate sobre valor, contexto e arte.



Esta história mostra muito bem como estamos acostumados a darvalor às coisas apenas quando elas estão no contexto adequado. Bell era uma "obra de arte" sem moldura; um artefacto de luxo sem etiqueta de glamour, tocando gratuitamente para todos quando alguns pagariam uma boa franquia para o ouvir tocar numa orquestra.

1 comentário:

Nicole disse...

adorei a historia, e tens toda a razao, hoje em dia as pessoas nem se dao ao trabalho de olhar à sua volta e apreciar as pequenas dadivas..
tens um pequeno desafio no meu blog para ti :)